21.7.09

Silves - Feira Medieval de Silves 2009



Feira Medieval de Silves
Data: 8 a 16 de Agosto de 2009
Hora: 18h00 à 01h00
Local: Centro Histórico, Silves

Ver Programa

Silves irá recuar aos séculos XII, XIII e XIV…

A azáfama nas ruas do centro histórico será constante, respirando-se uma atmosfera com características particulares, num ambiente e cenários únicos. Pelas ruas e ruelas, becos e esquinas os visitantes deparar-se-ão com cenas peculiares do quotidiano das cidades medievais.

Mendigos, saltimbancos, malabaristas, gentes exóticas e cortejos burgueses, são alguns exemplos e animação que o esperam neste retorno ao passado.

A sexta edição da FEIRA MEDIEVAL DE SILVES terá lugar entre os dias 8 e 16 de Agosto de 2009, realizando-se este evento no centro histórico da cidade, com horário de abertura às 18h00 e de encerramento à 01h00. Serão nove dias de recriação histórica do período medieval da antiga capital do Reino do Algarve.
O grande propósito deste evento é proporcionar a crianças, idosos, jovens e demais população que visite a cidade uma visão do que ela terá sido outrora e da sua importância incontornável na história do Al-Gharb, para além de potenciar o turismo cultural e a promoção do concelho, apresentando-o como uma zona chave numa região onde o tipo de Turismo instalado é o de Sol e Praia.

A organização da Feira está a cargo da Câmara Municipal de Silves, através da sua Divisão de Educação, Cultura, Turismo e Património.

Uma estória dentro da História

A preocupação em situar historicamente a recriação do espaço e factos dramatizados ao longo dos nove dias do evento nos séculos XI, XII e XIII tem ligação directa com os acontecimentos vividos nessa época, permitindo que os primeiros dias da Feira sejam de influência predominantemente árabe ainda que repletos de batalhas que resultavam em alterações nos desígnios da soberania sobre a cidade de Silves e os últimos dias sejam de influência marcadamente cristã. Este facto, transforma-a num evento de referência nacional, com um carácter lúdico, turístico e cultural único.

Mil e um personagens deambularão pelas ruas íngremes e estreitas do centro histórico, agora engalanadas para receber reais acontecimentos e outros. Num cenário natural e único no que concerne ao património edificado, do vermelho do grés que coabita com o ocre que pincelou beirais e paredes, passando por pátios e varandas, passarão figuras do povo, do clero ou da nobreza, homens de armas e muitos outros, que entre sons e cheiros característicos, serão um apelo constante aos sentidos e ao imaginário de cada um.

Do rio Arade ao Castelo haverá todo um ambiente de festa e de descoberta contínua. A história será contada não só através das várias representações, mas também pela cenografia envolvente e por inúmeros apontamentos que surgirão, ora num painel, ora numa exposição, ou até mesmo num edital.

Dia 8 de Agosto, os tambores irão rufar por toda a cidade, músicos, bailarinos, outros artistas e personagens da história, juntar-se-ão e junto ao cais esperarão Ibn Mozaine, nomeado governador de Silves, quando esta cidade integrava o Al-Andalus.

Apadrinhado por uma pequena corte, Ibne Mozaine fará desta terra, Madinat Xilb, capital da cultura.

Por aqui passarão e viverão, pensadores, cientistas, matemáticos, poetas e demais gente culta e letrada, ficando como referência dessa época, Al-Mutamid, Vali de Silves, mais tarde rei de Sevilha e, por fim exilado, em Agmat, onde faleceu.

Al-Mutamid e o seu amigo Ibn Amar imortalizaram nos seus poemas uma época faustosa, dedicada à poesia, mas também à caça, aos prazeres do harém e a longas festas, quer nas varandas dos palácios, quer nas margens do Arade.

Relembraremos a época das taifas e toda uma reorganização administrativa e política, reveladora da importância de Silves na Península Ibérica.

Recordaremos os povos que aqui viveram, respeitando e valorizando o legado por eles deixado. Reavivaremos a Judiaria e o seu lugar de culto. Por outro lado, daremos voz a outros credos religiosos, pelo chamamento para a oração e ainda recriando uma mesquita. O cristianismo terá larga expressão, quando D. Paio Peres Correia conquistar definitivamente Silves, revelando posteriormente, ao mundo, importantes bispos de Silves.

Por fim e numa inesquecível viagem pelo tempo, assistiremos com D. Dinis, Senhor e Rei de Portugal e do Algarve, ao concelho dos homens bons da cidade de Silves e à entrega de um documento outorgado por aquele rei, que não sendo guerreiro soube administrar, reordenar e fazer poesia e como tal será recordado, através das suas cantigas de amigo e de amor.

Folia, encanto, mistério e um encontro com a história através de muitas estórias, é a proposta irrecusável que encontrará de 8 a 16 de Agosto de 2009, fazendo jus a Silves, uma História Interminável.

Factos interessantes sobre a Feira Medieval de Silves
A moeda utilizada na Feira é o XILB. Há três tipos de moeda:
• ½ XILB = € 0,50
• 1 XILB = € 1,00
• 5 XILB = € 5,00
O câmbio deverá ser feito à entrada e saída da Feira.

Diariamente pelas 20h00 horas, numa liça construída de forma a fazer jus à época, decorre um torneio medieval. Os bilhetes poderão ser adquiridos em qualquer dia no Secretariado da Feira, até às 18:00 horas. Das 18:00 às 20:00 no próprio local onde decorre o torneio. O preço dos bilhetes, a partir dos seis anos, é de 4 XILB nas bancadas corridas (ou seja, €4,00) e de 4,5 XILB nas bancadas com cadeira (ou seja, €4,50).

Três roupeiros disponibilizam a quem o desejar, 2638 fatos de homem, mulher e criança. Os fatos são alugados pelo valor de 2 XILB (ou seja, €2,00).
A Feira Medieval de Silves: uma referencia de qualidade e rigor

Ao longo edições passadas, o evento vem crescendo e acumulando um sucesso significativo, solidificando-se como uma referência neste segmento de produtos, não apenas na região, mas a nível nacional. Este reconhecimento só é possível pelo trabalho de todos os intervenientes e pelos critérios rigorosos de qualidade que são adoptados na selecção e adequação de todas as decisões.
Para os comerciantes é indiscutível que a Feira Medieval se assume como um negócio, mas para a Câmara Municipal Silves representa uma montra do espólio patrimonial, político e cultural que é inerente ao título Silves. Nesse sentido, são tidos cuidados específicos na concepção/preparação do evento, que são consequência directa do conceito que se pretende implementar nesta Feira, ou seja, a reconstrução de um ambiente histórico que reflicta, com muito rigor, não apenas os ambientes da época medieva, mas os factos, modos de vida e hábitos (sociais, gastronómicos, políticos, religiosos) vividos na cidade, pelas gentes da época, com o máximo de qualidade e segurança.

Assim, esse rigor reflecte-se em cuidados particulares de organização e de respeito pelas leis nacionais e comunitárias, nomeadamente, referentes a Feiras e Mercados temporários. Nesse sentido, são instalados pontos de água potável, bem como canalização e lava-loiças em todas as barracas dedicadas à comercialização de géneros alimentícios, de modo a permitir a lavagem de utensílios ou alimentos. Também as normas da segurança alimentar são devidamente respeitadas, havendo uma estreita colaboração entre a organização e a ASAE.

A limpeza do recinto é realizada diariamente pelos serviços da Divisão de Serviços Urbanos e Ambiente – DSUA. Os espaços públicos mostraram sempre asseio. A limpeza das barracas e tabernas é da responsabilidade dos seus proprietários.

As condições básicas de luz artificial são garantidas pela colocação de diversos pontos de electricidade em todas as tendas ou barracas inseridas no perímetro da Feira Medieval, para além de tochas e velas.

Há um plano de emergência específico para o evento, que contempla todas as situações de risco possíveis, estando os bombeiros do Município, bem como diversos funcionários da autarquia, de prevenção e presentes no local, dando apoio.
A segurança também foi acautelada, existindo uma estreita colaboração com as autoridades locais (GNR) e existindo, no local, 24h sobre 24h, segurança privada, que vela pela segurança de barracas e haveres dos expositores, bem como pela segurança de todos os visitantes da Feira.

No que diz respeito à decoração e materiais usados no recinto há uma rigorosa vigilância por parte da organização, de modo a que não sejam visíveis materiais plásticos ou de outras naturezas, que no período medieval não fossem usados. No que toca à gastronomia há indicações muito claras no sentido de que os alimentos confeccionados não deverão conter ingredientes desconhecidos na Idade Média, como a batata, pimentos, entre outros (sobretudo, devido ao facto de serem provenientes do continente americano).

Também os trajos são uma das imagens mais significativas do rigor e qualidade do evento. Propriedade da Câmara Municipal de Silves, todos eles foram produzidos pelo estilista António Gracias, um filho da terra.

Outro importante princípio defendido pela organização tem a ver com a utilização do Xilb durante o período da Feira e para isso tem contado com a ajuda dos comerciantes. É colocada uma barraca de câmbios na entrada sul da Feira Medieval, onde se promove a troca dos Euros por Xilbs, embora ambos sejam moeda corrente dentro do recinto.

A Animação

A animação da Feira Medieval é assegurada pela companhia Viv’Arte e pelo grupo Mestre de Armas. A primeira companhia, profunda conhecedora da história de Silves assim como do universo das Feiras Medievais em Portugal e no estrangeiro, é responsável pelo cortejo histórico, abertura da Feira e por fazer circular pelos vários largos os diversos grupos de animação [música, bailarinas, animadores e mendigo]; pelo Torneio Medieval a cavalo (o mesmo espectáculo, diariamente, durante todos os dias da Feira) e ainda pela teatralização, a cada dia a representação de um momento histórico da cidade de Silves. Ao todo cerca de 100 pessoas garantem a teatralização de factos da história local.

Os Mestre de Armas apresentaram a recriação histórica de uma almafala (acampamento militar) com as suas vertentes civis e militares, desde a cozinha, costura, leitura, música, jogos e lutas apeadas e demonstrações de armas. O público é convidado a participar, desenvolvendo uma participação activa nas encenações do quotidiano na era medieval. Esta companhia também participa no cortejo histórico.

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